A PSICOPEDAGOGIA
Trabalha as questões do aprender objetivando a formação do sujeito autônomo.
Busca nas relações psicodinâmicas entre a aprendizagem e o sujeito para entender como os sintomas (orgânicos e mentais) atuam no imaginário familiar, ou seja, o sentido que o sujeito e a família dá às suas dificuldades especiais na construção do seu conhecimento.
PSICOPEDAGOGIA E EDUCAÇÃO ESPECIAL
A Educação Especial tem grande interesse nas neurociências, para tentar compreender as dificuldades severas de aprendizagem.
A Psicopedagogia acrescenta à esses conhecimentos, o sintoma, ou seja, o que representa tal distúrbio para a da criança.
Manejo Psicopedagógico permite a realização do potencial de aprendizagem do sujeito impedido por fatores que desautorizam a apropriação do conhecimento
Quando o potencial do indivíduo é maior do que a execução que ele apresenta, a Psicopedagogia faz-se necessária.
Dificuldades na aprendizagem: podem gerar ou precipitar o aparecimento de problemas emocionais, comportamentais, familiares e sociais em diferentes graus de gravidade, comprometendo ainda mais o processo de aprender;
0 diagnóstico e a intervenção psicopedagógica, promovem a melhoria das condições de aprendizagem, recuperação da auto estima e socialização da criança.
ALGUNS FATORES QUE INTERFEREM NA CAPACIDADE DE APRENDER
Genético, biológico e psicológico,
Escola, a família, os aspectos sócio-culturais,
O valor que se dá ao conhecimento em determinado momento da vida da criança e em cada sociedade, o que também interfere muito na aquisição da aprendizagem da criança,
Método adotado pela escola, pode prejudicar não só a avaliação dos problemas de aprendizagem como ainda evidenciá-los de forma exagerada e não lhes dar continência e encaminhamento adequado.
FRACASSO ESCOLAR, PSICOPEDAGOGIA E AFETIVIDADE
Causas principais do fracasso escolar:
• @ 30%: transtornos de aprendizagem
O sucesso na aprendizagem escolar tem grande influência sobre o desenvolvimento cognitivo e afetivo
afeto -- auto estima -- motivação -- aprendizagem
SINAIS IMPORTANTES PARA A ESCOLA OBSERVAR NOS ALUNOS E RECOMENDAR UMA VISITA A UM ESPECIALISTA
Em escolares:
1. Redução significativa de interesse e atenção;
2. Redução do rendimento escolar ou presença de transtornos de aprendizagem
3. Presença de comportamentos de hiperatividade, impulsividade ou desatenção com freqüência maior que o esperado
4. Abandono de atividades antes desejadas
5. Retraimento social
6. Perturbações súbitas do sono (relato da criança ou da mãe) acompanhadas de um dos itens acima;
7. Reações emocionais violentas;
8. Rebeldia, birra, implicância, atividades de oposição;
9. Preocupação ou ansiedade exageradas.
SINAIS IMPORTANTES PARA A ESCOLA OBSERVAR NOS ALUNOS E RECOMENDAR UMA VISITA A UM ESPECIALISTA
Em adolescentes
1. Redução significativa no rendimento escolar;
2. Abandono de atividades antes prazerosas, de amigos ou familiares;
3. Mudança de conduta:alterações do sono, do apetite;
4. Agressões freqüentes, rebeldia, oposição ou reações violentas;
5. Comportamentos destrutivos;
6. Comportamento sexualizado excessivo.
TRABALHO COM A CRIANÇA
Orientar a criança sobre o que é esperado dela em termos de comportamento e aprendizagem, detalhando as razões pelas quais ele está em atendimento;
Fornecer informações diretas e claras sobre o transtorno, deixando sempre aberto o canal para futuras dúvidas;
Usar de rotinas previsíveis (horário, local, comportamento do profissional) mas evitar tarefas repetitivas ou longas e priorizar novidades e exercícios curtos;
Procurar manter acordos indagando a criança como ela pode aprender melhor;
Usar recursos como gravador, computador, jogos (jogos de regras permitem o aprendizado de limites, participação social, o saber ganhar/perder, o desenvolvimento cognitivo e o refazer superando erros), leitura em voz alta, contar e escrever histórias, gibis, exercícios sensório motores, de raciocínio, introduzindo sempre novidades para manter a atenção, a motivação e descobrir o estilo de aprendizagem da criança;
Recompensar o bom comportamento e desempenho, elogiando e encorajando a transposição de limites;
Estabelecer limites devagar e firmemente, mas nunca usando de punição ou de reprimendas para evitar frustração, o medo ou a baixa auto-estima;
Trabalhar sempre a noção de tempo, espaço, seqüenciação, atenção.
Dosar as instruções em quantidades que permitam um desempenho positivo do aluno, na maior arte das ocasiões;
Estimular respostas individuais promovendo feedback imediato ao aluno;
Procurar envolver a criança no processo de aprendizagem de maneira a encorajá-lo e motivá-lo à transpor suas limitações
O aluno, seja criança ou adolescente, é uma pessoa a ser respeitada, tratada afetivamente dentro das normas sociais do grupo.
CONCLUSÃO
A INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA...
No âmbito educativo:
Trabalha com objetivos educativos, atitudinais, e conceituais similares para todos os alunos;
Mas as estratégias devem ser variadas e especializadas, coordenadas com as atuações no âmbito familiar e sócio-econômico;
Ritmo de ensino aprendizagem: deve acompanhar o ritmo dos alunos, feitas as adaptações curriculares necessárias;
Currículo: amplo e bem equilibrado, funcional, apropriado pra a idade mental, centrado não apenas na aquisição de habilidades mas também dirigido a proporcionar uma melhoria na qualidade de vida dos educandos.
com pessoas com Transtornos de Aprendizagem apresenta características diferenciais em função do âmbito da intervenção: educativo, familiar e sócio-comunitário
Deve-se partir das necessidades especiais e singulares do nível de desenvolvimento e etapa da vida de cada pessoa...
E nos lembrarmos de que
“As representações de sucesso e fracasso são construídas pelo sistema escolar e tem maior impacto no destino dos alunos que as desigualdades de competências que estes possam apresentar”.
(Perrenould, 2001
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